Sunday, February 19, 2017

#DicaPesquisa 34



OPINIÃO PESSOAL
Sou contra o modismo de criação de novos termos para substituir termos já consagrados. Três exemplos são: ensinagem, aprendente, ensinante. Sei que meus colegas que usam esses termos pretendem dar novas dimensões a ensino e aprendizagem, aprendiz e professor. Não os condeno. Vejo 5 problemas nessas substituições. (1) Não há na maioria dos textos uma justificativa para essa adoção e o leitor nem sempre sabe o que significam. A primeira vez que li “ensinagem”, lembrei-me de engrenagem e fiquei achando que era ensinar como se fosse uma linha de montagem. O termo definitivamente não nos leva à ideia de ensino+aprendizagem; (2) O sentido não está na palavra e é uma ilusão achar que quem lê esses termos dá a eles a interpretação que o autor quer; (3) As pessoas adoram modismos e alguns passam a adotar os novos termos sem mudar, necessariamente, seus conceitos. Em breve o novo termo se desgasta. (4) O uso desses termos é um problema quando há citação de outros autores. Por exemplo, será que o conceito de professor em uma citação é diferente do de quem adota “ensinante”? O texto vai usar os dois termos sem uma justificativa? (5) Autores traduzidos gostariam de ver seus textos com esses termos nas traduções? Eu ficaria muito incomodada.

Mas se sua opção é pelos novos termos, pelo menos justifique e explique o que essas inovações lexicais significam para ajudar seu leitor. Lembre-se que o jargão de seu grupo nem sempre é entendido pelos que não pertencem à sua igreja.

Em tempo: não me perguntem o que significam por que até hoje não entendi. Já achei explicações diferentes e continuo perdida.

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